Por uma nova escola EB 2/3<br>no Alto do Lumiar

O Par­la­mento aprovou re­cen­te­mente, por una­ni­mi­dade, um pro­jecto de re­so­lução do PCP no qual se re­co­menda ao Go­verno que «de­sen­ca­deie os me­ca­nismos ne­ces­sá­rios para a cons­trução da nova es­cola EB2/​3 do Alto do Lu­miar». Ini­ci­a­tivas do PEV, PS, BE e CDS-PP de­fen­dendo a re­qua­li­fi­cação da­quele es­ta­be­le­ci­mento de en­sino me­re­cerem igual apro­vação.

Para a de­pu­tada co­mu­nista Ana Mes­quita não há a menor dú­vida de que face ao nível de de­gra­dação a que se chegou só uma es­cola nova – «uma so­lução de­fi­ni­tiva e não um re­mendo», frisou –, e as­se­gu­rado que seja um ade­quado pro­cesso de tran­sição, res­pon­derá de forma cabal ao «su­pe­rior in­te­resse das cri­anças» e às justas pre­o­cu­pa­ções e an­seios da co­mu­ni­dade da­quela área da ca­pital.

Eri­gida como pro­vi­sória na dé­cada de 80, a es­cola é hoje mar­cada por «pro­blemas trans­ver­sais» que se foram acu­mu­lando e que a afectam em todas as fun­ções e es­paços, salas de aula, co­zinha, re­fei­tório, bar, áreas de lazer e con­vívio.

«As salas de aula não têm con­di­ções mí­nimas de fun­ci­o­na­mento: ora o frio é in­su­por­tável e os alunos as­sistem às aulas de gorro, luvas ou mantas; ora chove nas salas de aula; ora o calor é in­to­le­rável», des­creveu Ana Mes­quita, dando uma ex­pres­siva imagem do quadro de­so­lador que hoje ca­rac­te­riza aquela uni­dade de en­sino.

Es­tado de de­gra­dação que no fundo, como ob­servou a de­pu­tada do PCP, é ele pró­prio um es­pelho do «de­sin­ves­ti­mento ma­te­rial e hu­mano» a que a co­mu­ni­dade onde a es­cola está in­se­rida tem sido su­jeita. É esse o ca­minho que im­porta in­verter, pro­mo­vendo o in­ves­ti­mento que col­mate as «graves ca­rên­cias das es­colas», exigiu Ana Mes­quita.




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